Modo de Ação: Ácaro Demodex Canis
O ácaro demodex faz parte da fauna normal da pele canina, pode ser encontrado nos folículos pilosos, e nas glândulas sebáceas onde sobrevive se alimentando de sebo e do conteúdo das células epiteliais. Ele está presente naturalmente em numero reduzido na microbiota da pele dos cães saudáveis, sendo que a doença só passa a se manifestar quando há uma excessiva proliferação do ácaro, ocasionando danos como o afrouxamento das hastes dos pelos, terminando com sua queda desde o folículo, vermelhidão da pele e recidivas de infecções cutâneas bacterianas.
Quando ocorrem estados de imunodeficiência geral do animal por motivos variados, e consequentemente, uma falha nos mecanismos de defesa próprios da derme, a pele do cão se torna ecologicamente favorável à reprodução e crescimento da sarna demodécica. O desenvolvimento da doença reside numa resposta celular imunológica anormal e os parasitas se aproveitam desta oportunidade para colonizar os folículos pilosos, elevando sua população em milhares de ácaros e favorecendo o inicio da doença. A proliferação inicial pode ser resultado de um distúrbio genético ou imunológico
A ação do ácaro está na dilatação dos canais foliculares pilosos, acarretando o transporte de bactérias para a profundidade dos poros, com aparecimento de odor desagradável. Essas mesmas bactérias multiplicam-se debaixo de crostas e folículos, sendo o microrganismo mais comum o Staphylococcus intermedius. A Pseudomonas aeruginosa, que causa complicações piogênicas graves e o Proteus mirabilis, também é um sério invasor bacteriano secundário na demodicicose. (TOLEDO, Flávia Gusi, UniFMU, 2009).
A mãe transmite, geneticamente, no decorrer do aleitamento, nas primeiras mamadas, a imunodeficiência para o filhote que ocorre por uma má qualidade dos linfócitos T, específicos para o combate dos ácaros, através da passagem de deutoninfas da pele da fêmea parida para a pele dos filhotes, nas regiões em contato mais íntimo, como a região cefálica e