Modernismo traz renovação à poesia
Modernismo traz renovação à poesia Muito se tem falado sobre o processo de inovação desencadeado pelo primeiro tempo da poesia modernista. É necessário que se tenha em mente que o que foi produzido na Semana de Arte Moderna de 1922 é uma espécie de matriz do que viria a ser a poesia contemporânea. A construção de um Brasil literário, correspondente ao Brasil real, se deu através da aproximação entre literatura e realidade, foi uma das principais preocupações dos escritores modernistas e pode ser explorada em questões sobre o panorama histórico-cultural da época.
Não se trata de dizer, sob o risco da simplificação, mas sim como a poesia incorporou outros valores expressivos, temas básicos passaram a ser os mais abordados pelos eu líricos, como por exemplo: a poesia social, a reflexão existencial (o eu e o mundo), a poesia sobre a própria poesia,a poesia do passado, do amor, do cotidiano, da celebração dos amigos,a presença do gauche, do humor sutil, quase sempre corrosivo,a solidão, a incomunicabilidade, a lógica misteriosa da existência, o fluir do tempo, as perdas e ganhos na vida do homem e a luta contra a morte, foram e são os temas mais comuns, sendo eles que resumem o cotidiano de todos os seres humanos. A Poesia apresentou crescente amadurecimento, abandonando o espírito combativo e irreverente da década anterior e passado a caracterizar-se pelo espírito construtivo, a linguagem tornou-se mais comunicativa e pessoal, sem desprezo da liberdade formal dos primeiros tempos, outras características foram sendo produzidas ao longo do período moderno na poesia, tais como a fragmentação e/ou a simplificação da linguagem. Podemos concluir que a introdução da modernidade na poesia foi algo de extrema importância, tanto para a ruptura com o passado quanto para a inovação na literatura brasileira, contribuindo assim para a auto-identificação dos leitores do século