Modernidade e seus futuros
Anderson defende que as diferenças entre as nações residem nos modos diferentes em que são imaginadas. […]. Mas como é que a nação moderna é imaginada? Que estratégias de representação são utilizadas para construir as nossas concepções comuns sobre a pertença nacional ou identidade? Quais são as representações, por exemplo, da “Inglaterra” que conquistam as identificações e definem as identidades do povo “inglês”? Homi Bhabha sublinhou que “as nações, tal como as narrativas, perdem as suas origens nos mitos do tempo e só realizam os seus horizontes plenamente no olhar da mente” (Bhabha, 1990, p.1). Como é contada a narrativa da cultura nacional?
Dos muitos aspectos que uma resposta abrangente a esta questão poderia incluir, seleccionei cinco elementos principais:
1. Em primeiro lugar, há a narrativa da nação, tal como é contada vezes sem conta nas histórias nacionais, nas literaturas nacionais, nos media e na cultura popular. Estas fornecem um conjunto de estórias, imagens, paisagens, cenários, acontecimentos históricos, símbolos nacionais e rituais que simbolizam ou representam as experiências, os sofrimentos, os triunfos e os desastres partilhados que conferem significado à nação. Enquanto membros de uma tal “comunidade imaginada”, vemo-nos a nós mesmos, no olhar da mente, fazendo parte desta narrativa. Ela torna