Modernidade e Entretenimento
“E sem dúvida o nosso tempo... Prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao ser...”. Guy Debord
O teórico da literatura Robert Jauss, apresenta o termo “modernidade” como vindo do latim, no adjetivo “modernus”, cuja primeira aparição documentada se dá no século V. Mas, durante o século XII, diz o autor, “o moderno é experimentado como aperfeiçoamento do passado – o novo realça o antigo e o antigo sobrevive no novo”.
A modernidade possui inúmeras datas. Porém, costuma ser entendida, a modernidade, como uma nova visão de mundo, a ruptura com a tradição que nos foi herdada, pensamento medieval (Escolástica) e, também, com o estabelecimento e a utilização da razão, o que mudou as sociedades medievais. Ao contrário da Idade Média, onde o dever era proteger um saber divino que fora revelado, o Homem, na modernidade, passa a ver a si mesmo como sujeito da produção de saber. A tarefa do saber humano passa a ser a construção de conhecimento, tarefa na qual o Homem é sujeito e medida das coisas. Hoje, a própria ideia de modernidade está vinculada como forma de vida. O projeto de novo mundo consolida-se veemente com as Revoluções Industriais, portanto, está completamente relacionável com nossa estrutura econômica, política e social, o capitalismo. A modernidade não é apenas um processo histórico e, sim, uma nova maneira de ser e estar. A modernidade constrói a ideia de uma realidade.
Quando pensamos em modernidade a relacionamos, quase que instantaneamente, com o novo. Tudo que é novo é moderno. O filosofo Marshall Berman em sua introdução, Modernidade: Ontem, Hoje e Amanhã; contida no livro “Tudo o que é sólido desmancha no ar” inicia a discussão sobre como aproximar-se de um entendimento do que venha a ser modernidade, além de abordar como esta concepção sofreu modificações através dos séculos, e igualmente há a