Modernidade: Para onde estamos indo?
O contexto social em que estamos inseridos em pleno século XXI nos faz pensar para onde caminha a humanidade. Numa era do imediatismo, onde as tecnologias nos conectam a todo o momento, de todas as partes do mundo, onde a reprodução de conteúdos, idéias e pensamentos ganham a rapidez das redes sociais, é preciso refletir para onde iremos e o que queremos construir enquanto sociedade.
Relembro o conceito de modernidade discutido por Ben Singer baseado no processo de modernização do Brasil a partir da revolução industrial, do consumo de massa e do processo de urbanização. Lá, em pleno séc. XIX, Singer já chamava esse conjunto de fatores sociais de modernidade e sabia que os mesmos poderiam trazer ganhos e perdas na sociedade. Ainda hoje, as idéias de Singer se fazem presente. Com a industrialização e a urbanização fica para o passado a tração animal, surgem os automóveis, a publicidade. Com isso, vêm os acidentes e a mídia sensacionalista explorando os novos fatos da vida real.
Marcados pela revolução tecnológica e pela globalização nossa sociedade parece que vive da reprodutibilidade pela reprodutibilidade. Com as novas e cada vez mais modernas máquinas, equipamentos, rapidez da internet, das novas tecnologias a sensação que se tem é de perda da criatividade, da inovação, não há novidade. Há um ditado popular que diz “nada se cria, tudo se copia” eu acrescentaria também “tudo se reproduz, se compartilha”. Walter Benjamin já refletiu sobre essa era da reprodutibilidade em uma de suas obras quando critica o uso da tecnologia como instrumento para influenciar a autenticidade da fotografia e do cinema.
O surgimento de novas tecnologias focadas na informática foi capaz de produzir uma grande revolução nas comunicações e, a partir delas, na cultura popular. O que era invisível, agora é mundialmente compartilhado. O que estava no âmbito do privado, ganha o espaço público. Contudo, há que se pensar sobre regras