Modernidade Líquida
Nossa atual condição sociocultural: infinitas possibilidades de escolhas, falta de solidez e durabilidade, falta de modelos.
Em uma situação como a atual, um período de incertezas quanto aos méritos relativos e vícios do número infinito de propostas concorrentes, as pessoas tendem a se orientar por aquilo que os outros ao seu redor fazem. É o nosso caráter que decide quais dessas opções são escolhidas.
“Curva de Gauss”
Um diagrama da distribuição normal de escolhas em situações normais. Esse diagrama nos revela que em cada uma dessas situações devemos esperar que uma minoria rejeite a escolha mais comum; outra pequena minoria se mostrará entusiástica em relação a ela e ansiosa por fazê-la. Mas a grande maioria “no centro” se manterá meio indiferente, indecisa quanto a uma ou outra escolha e que optará por acompanhar a maioria.
“Projeto Moderno”: seguiu-se à exigência de ordem: firmeza e clareza das leis que governam a sociedade de alto e baixo e, com isso, garantir a previsibilidade, transparência e certeza tão nítida e dolorosamente ausente da condição humana. O espírito moderno estava animado por um esmagador desejo de solidez e nutriu uma esperança de sólidos perfeitos, descartando novas improvisações e oferecendo descanso e tranquilidade onde a inquietude e o trabalho pesado eram norma. O projeto original não incluía rigorosamente a possibilidade de a “modernização” tornar-se uma compulsão e obsessão.
Todos implicam que a realidade não é mais como ela costumava ser quando nós a descrevíamos como sendo apenas “modernidade”. “Modernidade Líquida”: procurou um termo que não nos diria apenas o que essa condição deixou de ser, mas também que qualidade ela adquiriu que a distingue da modernidade “clássica”. E o termo liquidez representa a incapacidade de reter sua forma por muito tempo e sua propensão a mudar de forma sob a influencia de mínimas, fracas e ligeiras pressões.
Percebemos que na atual configuração civilizatória das relações