Moderna (geometrização do universo).
O período da renascença foi um período pobre de espírito crítico. Foi o tempo em que o homem passou a valorizar os livros de bruxaria e astrologia ignorando a astronomia. Ele passou a querer explicar as coisas por meio de superstições, isso se deu por causa da destruição da síntese aristotélica, que fez com que a humanidade não conseguisse explicar a realidade das coisas de uma maneira lógica1.
Contudo, é no tempo da renascença que grandes textos científicos foram traduzidos, entre eles, o de Ptolomeu, que fora traduzido para o latim, e é por meio do estudo de sua obra que será realizada a reforma da astronomia, que outrora estava desvalorizada, e inicia-se o tentar descobrir até onde vai o Universo2.
Assim, surgiram pensadores como Kepler que alega que o Universo em todas as suas partes é regido por leis de natureza estritamente matemática. Segundo o pensador, o Universo é estruturado em relação ao Sol, de forma hierárquica, e é harmoniosamente ordenado pelo Criador. Ele também elenca que a norma seguida por Deus na criação do mundo é determinada por considerações puramente matemáticas ou geométricas3.
Kepler soube descobrir a verdadeiras leis dos movimentos planetários. Em compensação não soube formular as leis do movimento, pois não foi capaz de levar, até o estágio tanto necessário – aliás, seria extremamente difícil -, a geometria do espaço e chegar à nova noção do movimento que daí resulta. Para Kepler certamente, que nessa questão permanece como um bom Aristotélico, o repouso não precisa ser explicado. O movimento pelo contrário, precisa de uma explicação e de uma força. Por isso Kepler não consegue conceber a lei da inércia4.
De acordo com Koyré o insucesso de Kepler se dá pelo fato de que, tendo em mente um mundo bem ordenado, não foi capaz de admitir um Universo infinito5.
É com Galileu Galilei que saímos da época renascentista. Ele, animado pela ideia arquimediana6 da física matemática, da redução do real ao geométrico,