Modelos tecno-assistenciais em saúde
Luiz Carlos de Oliveira Cecílio
Alguns conceitos:
Modelo de pirâmide
Um modelo que possibilita fluxos ascendentes e descendentes permitindo que os usuários transitem por níveis diferenciados de complexidade tecnológica através de referência e contra-referência. O modelo ainda permite pensar que a ampla base da pirâmide significa a universalização do acesso, no caso a atenção básica, e que na medida que se ascende ao topo reduz-se a oferta para a atenção secundária e terciária (ou hospitalar), possibilitando uma racionalização do atendimento e da aplicação dos recursos.
Avaliando o modelo
Os pontos positivos relatados pelo autor referem-se ao fato de que a pirâmide está ligada a idéia: 1) de expansão da cobertura e democratização do acesso aos serviços de saúde para todos os brasileiros, 2) de racionalização no uso dos recursos existentes no setor saúde, seguindo a estratégia da hierarquização dos serviços, 3) de proximidade do serviço de saúde da residência do usuário, servindo como facilitador tanto do acesso, como do estabelecimento do vínculo, 4) de orientador seguro para a priorização de investimentos.
Já os pontos negativos referem-se 1) à incapacidade da rede básica tornar-se a “porta de entrada” mais importante para o sistema de saúde, em detrimento dos serviços de urgência/emergência e dos seus ambulatórios, 2) ao fato de que a maioria dos atendimentos é de patologias que poderiam ser resolvidas no nível primário, 3) ao número insuficiente de consultas em especialidades e cirurgias eletivas perante as necessidades da população usuária do sistema , o que encoraja a população a acessar o sistema por onde é mais fácil ou possível.
Modelo ideal
Segundo o autor o modelo ideal seria pensar o sistema de saúde como um círculo, visto que se associa com a idéia de movimento, de múltiplas alternativas de entrada e saída, sem a