Modelos quantitativos para previsão de insolvência
1- Introdução
A análise discriminante de previsão de insolvência é uma das técnicas utilizadas para mensurar o risco de crédito que utiliza as demonstrações contábeis.
Em relação aos objetivos da análise discriminante, Assaf Neto (2006, p. 284) e esclarece que ela: identifica características básicas de um universo em processo de análise, classificando-o, em conseqüência, em categorias de desempenho similares. Por exemplo, para a análise de balanços há normalmente grande interesse em classificar as empresas como solventes e insolventes. Assim, por meio de vários indicadores econômico-financeiros das empresas, a aplicação da análise discriminante permite que se conheçam as características típicas de cada grupo empresarial, obtendo-se, com isso, fatores de previsão de solvência e insolvência.
Dessa forma, os modelos quantitativos para previsão de insolvência têm como objetivo testar os indicadores econômicos das organizações, para assim classificá-las como solventes ou insolventes, com base na pontuação obtida por meio de uma função discriminante.
Matarazzo (1985) afirma que a análise discriminante busca encontrar uma função matemática, baseada em vários índices, capaz de informar se uma empresa se enquadra como solvente ou insolvente. O resultado dessa equação é comparado a um número fixo, chamado ponto crítico, predeterminado pelo modelo. Se o valor encontrado for maior que o ponto crítico a entidade será considerada solvente; se ficar abaixo será considerado insolvente.
O emprego de modelos de previsão de insolvência como instrumento de gestão traz os seguintes benefícios, conforme aponta Vasconcelos (2006, p. 268):
• proporciona uma interação mais adequada com as variáveis que compõem o modelo;
• introduz objetividade ao estudo do problema da insolvência, uma vez que seu emprego conduz, necessariamente, ao detalhamento das hipóteses assim como das eventuais causas e efeitos;
• apresenta