Modelos matematicos
"Este livro veio para ajudá-lo. Ele foi escrito em uma linguagem simples, clara e fácil. Com ele, você não terá dificuldades em aprender os fatos básicos da matemática."
Neste texto, uma versão preliminar sobre algumas aplicações de matemática em alguns campos externos a ela, com ênfase em economia, não assumiremos que estamos elaborando algo que seja, pretensiosamente, "simples", ou "fácil".
Sem medo de criar alguma barreira inicial para você, diremos que a linguagem utilizada no texto não pode ser classificada, em um primeiro momento, como sendo simples, pois os fatos que nele são abordados e lhes são comunicados por ela nem sempre são "simples".
Além disso, ela não pode ser classificada como sendo fácil, pois uma "linguagem voltada para matemática" costuma carregar uma considerável carga de símbolos específicos, tornando-a quase um dialeto que soa estranhamente para as pessoas que se atrevem a enfrentá-la pela primeira vez.
Resta-nos uma pretensão de "clareza".
Parece ser "algo natural" que autores e autoras de materiais didáticos tenham como premissa, em seus trabalhos, a perspectiva da clareza daquilo que tentam comunicar às pessoas.
Se isto for verdadeiro, então tentamos não fugir à regra.
Porém, com relação à clareza de um texto, é possível afirmar que há algo de "subjetivo" neste tipo de classificação.
Quem já teve em mãos, por exemplo, um processo jurídico, algum contrato financeiro, a bula de algum remédio, o código civil, algum manual de instalação de qualquer tipo de aparelho eletrônico, ou um livro de matemática, para citar alguns, poderia discordar "da clareza" dos seus autores.
A falta de clareza que um texto pode ter, sob o particular ponto de vista de um leitor, ou de uma leitora, não deveria ser utilizada, em uma primeira análise, como uma "acusação de falta de clareza" de seu autor, ou de sua autora. (#)
Este parece ser o nosso