Modelos Gerencial e Societal de Administração Pública
PAULA, Ana Paula Paes de. Administração pública brasileira: entre gerencialismo e a gestão social. RAE, Rio de Janeiro: FGV, v. 45, n. 1, p. 36-49, jan./março 2005.
No artigo Administração pública brasileira: entre o gerencialismo e a gestão social a autora Ana Paula Paes de Paula faz uma comparação das origens e das características de dois modelos de administração pública: gerencial e societal. Paula elenca em seis variáveis os aspectos dos modelos de gestão pública em analise, são elas: a origem, o projeto político, as dimensões estruturais enfatizadas na gestão, a organização administrativa do aparelho do Estado, a abertura das instituições à participação social e a abordagem de gestão.
As variáveis mencionadas são descritas e caracterizadas ao longo do texto, que está subdividido em diferentes seções, que buscam apresentar os aspectos que diferenciam os entre os modelos de gestão em cada uma das variáveis definidos.
Na primeira seção, é apresentada a origem dos modelos de gestão. Observa-se que, desde a sua gênese, os movimentos que determinaram o desenvolvimento de cada uma das vertentes administrativas apresentam características diferenciadas. No modelo gerencial é perceptível à influência de movimentos externos, ocorridos na Europa e nos Estados Unidos, e na vertente societal observa-se um caráter interno, decorrentes de movimentos sociais ocorridos no Brasil.
Voltando-se para o variável projeto político, a autora pontua que o movimento gerencialista é baseado na cultura do empreendedorismo que visa organização das atividades de forma a garantir controle, eficiência e competitividade máximos. Descrevendo o projeto político societal ela enfoca a relação do modelo com a participação efetiva da sociedade no modo de governança corporativa, com lideranças locais e articulação popular.
Em sua analise comparativa a autora salienta que há dimensões que são fundamentais para a construção de uma gestão pública democrática,