Modelos do psf
Milena Lopes Santana* Maria Isabel Carmagnani**
RESUMO: De sua concepção até o momento atual, são muitas as análises a respeito do Programa Saúde da Família (PSF) no Brasil. Embora ainda em número reduzido, integrantes das unidades de saúde da família, secretários municipais de saúde, prefeitos, elementos do Ministério da Saúde, bem como docentes de universidades e pesquisadores renomados da saúde pública e outras áreas afins, têm se disposto a discutir e a refletir sobre tal estratégia. Dessa forma, tornou-se pertinente fazer uma revisão da literatura sobre o PSF, a qual foi abordada em temas: retrospectiva histórica do período que antecedeu o PSF; seus pressupostos básicos; estratégias de operacionalização: a família como foco de assistência, o princípio da vigilância à saúde, a atuação da equipe multidisciplinar; os diferentes modelos de implantação no Brasil; aspectos facilitadores ou não dessa implantação, bem como as vantagens e desvantagens do PSF no sistema de saúde brasileiro. PALAVRAS-CHAVES: programa saúde da família; modelo assistencial, atenção básica à saúde.
* Enfermeira graduada pela Universidade de São Paulo - USP, Especialista em Gerenciamento de Serviços de Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. ** Enfermeira, Professora Adjunto da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Doutora em Distúrbios da Comunicação Humana.
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Programa saúde da família no Brasil: um enfoque sobre os pressupostos básicos, operacionalização e vantagens
INTRODUÇÃO
O Programa Saúde da Família (PSF) desponta como uma das mais recentes estratégias assumidas pelo Ministério da Saúde (MS): reorganizar o modelo assistencial brasileiro. Sobre este, NEGRI (2000) comenta que “durante décadas, no Brasil, não se deu a necessária prioridade à assistência básica de saúde da população”. Pontua que “o resultado dessa política