Modelos de políticas públicas
No Modelo de Política Racional, todos os atores agem de maneira racional e focalizada para o problema específico que está em foco. Em se tratando de uma decisão de governo, podemos classificá-lo como ator unitário, monolítico, por tratar o problema estrategicamente.
Neste modelo, os objetivos são claramente definidos, as soluções alternativas identificadas, bem como suas possíveis conseqüências. Após a escolha da melhor alternativa, a ação é tomada.
Já no modelo Organizacional, transcende a pura racionalidade do modelo anterior, classificando Estado e governo como “constelações organizacionais, relativamente autônomas e com cultura e ambições próprias. O governo utiliza suas diversas instituições como sensores, respondendo a esses estímulos através das rotinas e procedimentos e atividades dessas próprias instituições. Neste modelo os atores são agentes das organizações, porém, ainda é ignorada grande parte do jogo político, de barganha e organização.
O Modelo de Política Burocrática, entretanto, rejeita a idéia da racionalidade linear em relação a uma política específica. Sendo assim, admite a possibilidade do cruzamento de linhas entre as diferentes políticas. Nesse modelo é fundamental definir qual o interesse em jogo para cada ator envolvido, pois uma decisão que a princípio parece pouco racional, pode, na verdade, se tratar de um elemento de barganha. São admitidos, nesse contexto, diversos tipos de atores com elementos e recursos de poder distintos. O poder e as habilidades políticas tornam-se importantes na medida que são a negociação e a barganha que definirão a solução mais conveniente para o conflito.
Tendo em vista a realidade brasileira, onde o jogo político é decisivo,