MODELOS DE HOMEM E TEORIA ADMINISTRATIVA
A memória de John Pfiffner, que me deu a centelha para desenvolver esta linha de pensamento
A teoria administrativa não pode mais legitimar a racionalidade funcional da organização, como tem feito amplamente. O problema básico do passado era superar a escassez dos bens materiais e serviços elementares. Nesse período, grande parte do esforço no ambiente de trabalho foi técnica e socialmente necessária e mesmo inevitável, o que não ocorre hoje. O que leva as organizações atuais às crises é o fato de que, por sua estrutura organizacional e forma de operação, admitem que antigas carências continuam a ser básicas, enquanto, na realidade, o homem contemporâneo está consciente de que as carências críticas pertencem a outro grupo, isto é, relacionam-se a necessidades além do nível de simples sobrevivência. Assim, o darwinismo social, que tem validado tradicionalmente a teoria e a prática da administração, tomou-se obsoleto por força das circunstâncias. Este artigo é uma tentativa de reavaliação da evolução da teoria administrativa. Usa modelos de homem como ponto de referência (isto é, o homem operacional, o homem reativo, e o homem parentético) .
A partir do final do século XIX vem ocorrendo uma dramática mudança de orientação nas abordagens à organização e ao trabalho. Houve um tempo em que o sucesso nos negócios era corolário de talento e as doutrinas de
Malthus, Darwin e Spencer encontraram condições ideais para florescer. Assim, o influente sociólogo William Graham Summer não hesitou em afirmar que não haveria maneira de integrar o interesse de empregadores e empregados.
O antagonismo entre aqueles interesses foi legitimado pelas "práticas" e pela ciência social da época. O fato de que o critério decisivo de então teve sucesso é indicado pela popularidade de Elbert Hubbard em Message to Garcia, de Orison Swett Marden em Power 01. Will e de DaIe Camegie em Como
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