Modelos de formação nas províncias
As primeiras escolas normais no Brasil tinham como objetivo preparar professores para oferecer a instrução de primeiras letras. A importância da Escola Normal justificava-se pela necessidade de habilitar os professores em um método de ensino que fosse capaz de levar a instrução à maioria da população de modo rápido, eficaz e com baixo custo para as Províncias. Então, em 1835, surgiu a primeira escola normal do país, em Niterói.
Porém, assim como nas demais províncias do Império, a Escola Normal de Niterói teve um funcionamento instável devido aos seus métodos, resultados, insuficiência de recursos e falta de investimento público. Segundo dados, após 3 anos a escola teria formado 10 alunos e era frequentada por apenas 17, o qual era um número muito baixo levando em conta as necessidades da instrução.
A tentativa de regulamentar a profissão docente e a criação de mecanismos institucionais para a formação de professores ocorreram em várias Províncias e, em quase todas, estiveram sujeitas à instabilidade das políticas educacionais e às incertezas que caracterizam esse período. Nesse processo, a docência era, se não a única, a principal atividade desses professores que, em muitos casos, desenvolviam outras atividades, devido aos seus baixos salários.
Apesar da instabilidade institucional vivida por essas escolas, o século XIX foi marcado por profundas transformações no estatuto da profissão docente que passou a disputar a legitimidade de educar com mecanismos tradicionais de formação docente. Um deles era a aprendizagem do ofício docente pela prática, onde alunos auxiliares e monitores, também chamados de professores adjuntos, se preparavam para exercer a docência em seu próprio processo de ensino e, na maioria das vezes, eram admitidos como substitutos e, na medida em que ajudavam os professores efetivos, iam adquirindo pela experiência, as técnicas, regras, saberes e segredos das práticas de ensino.
Na Corte, o modelo de