A AGROPECUÁRIA DO ESTADO DO MARANHÃO O Estado do Maranhão, pela sua posição geográfica, constitui-se em uma área de transição, entre o domínio climático da Amazônia Oriental, a noroeste; do Nordeste, na parte norte-oriental e o do Brasil Central, em sua área sulsudeste. Como conseqüência, o noroeste do Estado apresenta índices pluviométricos próximos ao da Amazônia Oriental e uma cobertura de florestas tropicais e campos inundáveis. Desta área até a fronteira com o Piauí, existe uma zona de transição com a vegetação de florestas tropicais, caatingas e cerrados, típicos do sertão nordestino. Na porção meridional predomina uma paisagem característica da região dos cerrados do Brasil. Embora ocupado produtivamente desde o período colonial, é somente a partir da segunda metade do século XX que há uma estruturação do espaço econômico do Maranhão. Nos anos 50, devido a uma série de melhoras infraestruturais, há uma expansão das áreas de lavouras temporárias, notadamente do arroz. Também inicia-se, a partir da década de 70, uma ocupação dos chapadões do sul do Estado, graças a uma política de valorização agrícola das terras. Ocorre nesse período um grande processo de pecuarização, que foi apoiado em uma série de incentivos fiscais oferecidos, sobretudo, pela Sudene e pela Sudam. Apesar disso, a base econômica do Estado continua calcada em uma agricultura tradicional. Assim, os dados do último Censo Agropecuário revelaram que esse Estado possui uma estrutura agrária extremamente concentrada, com 54 estabelecimentos de 10.000 ha e mais ocupando quase 10% da área total dos estabelecimentos agropecuários. A pecuária bovina é a principal atividade econômica do setor agrícola do estado. Seu rebanho, de 3.902,6 mil cabeças, destina-se em sua quase totalidade ao corte. As lavouras, que ocupam apenas 7% da área dos estabelecimentos, têm por base principalmente o arroz e o milho. Cabe ressaltar que a lavoura da soja apresentou, no período intercensitário, uma significativa