Modelo Tarefa NP1 IPT 2 Pontos 1
Suzana Aparecida Novais
Atividade de Interpretação Textual
Disciplina: Interpretação e Produção de Textos
Santos
2015
Suzana Aparecida Novais
Atividade de Interpretação Textual
Disciplina: Interpretação e Produção de Textos
Atividade de Interpretação Textual apresentada para aprovação na disciplina Interpretação e Produção de Textos, ministrada pela Profª Dr.a Denise Durante, no Curso de Psicologia, da Universidade Paulista, campus Rangel, no primeiro semestre de 2015.
Santos
2015
TEXTO PARA INTERPRETAÇÃO
Inácio da Catingueira e Romano Li, há dias, numa revista a cantoria ou "martelo" que, há perto de setenta anos, Inácio da Catingueira teve com Romano, em Patos, na Paraíba. Inácio da Catingueira, um negro, era apenas Inácio; Romano, pessoa de família, possuía um nome mais comprido ─ era Francisco Romano do Teixeira, irmão de Veríssimo Romano, cangaceiro e poeta, pai de Josué Romano, também cantador, enfim, um Romano bem classificado, cheio de suficiência, até com alguns discípulos. Nessa antiga pendência, de que se espalharam pelo Nordeste muitas versões, Inácio tratava o outro por "meu branco", declarava-se inferior a ele. Com imensa bazófia (presunção), Romano concordava, achava que era assim mesmo, e de quando em quando introduzia no “martelo" uma palavra difícil com o intuito evidente de atrapalhar o adversário. O preto defendia-se a seu modo, torcia o corpo, inclinava-se modesto: Seu Romano, eu só garanto é que ciência eu não tenho". Essa ironia, essa deliciosa malícia negra, não fez mossa (perturbação) na casca de Francisco Romano, que recebeu as alfinetadas como se elas fossem elogios e no fim da cantiga esmagou o inimigo com uma razoável quantidade de burrices, tudo sem nexo, à-toa: "Latona, Cibele, Ísis, Vulcano, Netuno..." Jogou o disparate em cima do outro e pediu a resposta, que não podia vir, naturalmente, porque Inácio era analfabeto, nunca ouvira falar em semelhantes