Modelo primario exportador
Nos séculos XVIII e XIX, sob a influência das idéias liberais de Adam Smith, cada país procurava seu espaço no comércio internacional com base na especialização na produção de mercadorias para as quais tivesse maiores vantagens competitivas, determinadas por fatores naturais, culturais, sociais e históricos. Desta forma, do Chile exportavam o salitre; do Brasil, o café, o açúcar e os metais preciosos; da América Central, as bananas; da região andina do Peru e Bolívia, os metais preciosos; da Argentina e Uruguai, a carne.
No século XIX, apesar de o Brasil haver reduzido a alíquota de importação de tecidos, o açúcar brasileiro continuava sendo sobretaxado no mercado internacional. O argumento utilizado para a aplicação deste liberalismo unilateral era o fato de a produção brasileira ser baseada em trabalho escravo, o que provocava distorções no preço do produto
Portanto, modelo primário exportador tende a manter os países como exportadores de produtos primários de origem agrícola ou extrativista. Uma das principais características deste modelo é a abundância de terras, agricultura extensiva, monocultura, progresso técnico inexistente e baixos índices de remuneração para a mão-de-obra.
O Processo de Substituição de Importações surge a partir do declínio cafeeiro, uma vez que o país dependia das exportações e o bom resultado era ligado às condições do mercado internacional do café, incluindo seu preço, as oscilações do crescimento mundial e crises de outros países. Como o café era a principal exportação do país, quando