Modelo High-Scope
O currículo High-Scope situa-se no quadro de uma perspetiva desenvolvimentista para a Educação de Infância.
Teve início na década de 60 por David Weikart, presidente da Fundação de Investigação Educacional High-Scope, com sede em Ypsilanti, Michigan.
David Weikart, trabalhou como psicólogo nos finais da década de 50, no atendimento de crianças com necessidades educativas especiais. Esta experiência profissional motivou-o para desenvolver um programa de educação pré-escolar que preparasse estas crianças para a entrada na escola.
Nasce assim, em 1962, o “Ypsilanti Perry Pre-Scholl Project” que representa a primeira pedra do que é hoje o Currículo High-Scope, que naturalmente estava ainda muito longe do que é hoje.
1º Fase : Educação Compensatória
O “Projeto Perry” guiava-se por considerações de ordem muito geral, e identificavam o que os autores queriam que o projecto não fosse, a saber:
- não queriam que fosse meramente um código de “boas maneiras e bons costumes”;
- que fosse somente um apoio ao desenvolvimento socioemocional da criança (forma tradicional de conceber a educação de infância).
Este projecto, visa a igualdade de oportunidades educacionais, surgindo no contexto do Movimento de Educação Compensatória dos anos 60.
Situa-se numa nascente rejeição da compreensão do desenvolvimento intelectual como a mera aprendizagem de capacidades específicas através da repetição e da memorização.
Os pressupostos centrais do Ypsilanti Perry Pre-School Projet , inicialmente dirigidos a crianças com dificuldades são:
- a aprendizagem faz-se através da ação da criança e não pela repetição e memorização;
- o seu currículo foca-se no desenvolvimento intelectual da criança para apoio da sua realização escolar futura.
2º Fase : Tarefas piagetianas/tarefas de aceleração
Esta fase, advém da obra de Piaget e do contributo de Smilansky na decáda de 60.
Baseiam-se no desenvolvimento de uma rotina diária e do