MODELO DO MONITOR
Existem sentimentos os quais muitas vezes determinam o bom desempenho ou não de um sujeito em determinadas atividades. Aqui identificaremos que fatores emocionais podem contribuir para o bom desempenho no processo de aprendizagem de uma segunda língua.
Dentre as investigações realizadas no campo da aquisição de L2 e LE que consideram o aluno, as suas diferenças individuais e a importância do domínio afetivo, o modelo de Stephen Krashen ocupa um lugar de destaque.
Krashen (1987) formulou sua teoria de aquisição da LE composta por cinco hipóteses: a distinção entre aquisição e aprendizagem, a ordem natural, o monitor, o insumo e o filtro afetivo, sendo as duas últimas hipóteses consideradas por ele como responsáveis para que a aquisição ocorra. A teoria do monitor define a relação entre aquisição e aprendizagem, diz Citolin. Nossa capacidade natural de assimilar línguas é decorrente de esforços espontâneos, somos disciplinados através das regras
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gramaticais e suas exceções. A gramática e suas regras nos servem de monitores refletindo sobre nós diferentes características de personalidade.
Baseando-se nos estudos de Krashen, Citolin afirma que pessoas tendenciosas à introversão, à falta de autoconfiança, ou ao perfeccionismo, poderão desenvolver um bloqueio que compromete a espontaneidade devido à consciência da alta probabilidade de cometerem erros.
Já as pessoas que tendem a extroversão, pouco se beneficiarão da aprendizagem, uma vez que a função de monitoramento é quase inoperante, pois está submetida a uma personalidade que se manifesta sem maior cautela. Segundo ele,
O aluno só adquirirá o que estiver no ponto certo de seu desenvolvimento maturacional, não importando a freqüência com que ele é exposto, e nem o grau de dificuldade envolvido. Assim, as estruturas que esteja além de seu desenvolvimento serão apenas memorizadas, sem contudo, serem integradas, o que significa uma não capacidade desse aluno de usá-las efetivamente.
(Krashen, 1987).