Modelo de universidade
É difícil abordar um assunto tão abrangente como universidade que, segundo WANDERLEY, “é um lugar - mas não só ela - privilegiado para conhecer a cultura universal e as várias ciências, para criar e divulgar o saber, mas deve buscar uma identidade própria e uma adequação à realidade nacional” (1988, p. 15). Poderia, ainda, citar MARCOVITCH , onde coloca o motivo da existência da universidade dizendo que: “ela é o melhor lugar possível para uma enriquecedora transição da adolescência para a juventude e, depois, para a idade adulta” (1998, p. 23) e completa: "A universidade tem ainda o papel de formar a cidadania. Cabe-lhe, e talvez seja essa a sua principal função, desenvolver a inquietude do ser social"(1998, p. 23).
Estas definições representam em si a essência da universidade a grosso modo, porém elas representariam realmente o momento histórico-econômico que elas estão passando, onde cortes de verbas, orçamentos escassos, equipamentos ultrapassados e condições de trabalho deficitárias, fazem parte do dia a dia?
É difícil responder a essa questão, uma vez que as leituras consultadas nos dão uma visão global de universidade, e por vezes, de um otimismo até utópico. Por que pensar assim? Parto do seguinte pressuposto, que sendo a universidade um local onde se reúne uma demanda de idéias, ideologias e pensamentos os mais diferentes, seria lógico procurar me associar com aqueles que tem pensamentos e idéias parecidas com as minhas, principalmente em momentos de crise, começando então a formação de grupos que provavelmente defenderão seus ideais, e a partir disto, estará plantada a semente para que a universidade deixe de ter seu caráter global, criando-se linhas divisórias entre professores, acadêmicos e sociedade, passando a ser uma estrutura meramente política para formação de conchavos e cárteis, onde os interesses de uns sobrepõe os interesses de outros, onde a burocracia e os