Modelo de recurso em sentido estrito
Processo nº
JOÃO DA SILVA, nos autos do processo em referência, ajuizado pelo MINISTÉRIO PÚBLICO, por seu advogado regularmente constituído, inconformado com a decisão de fls. ____, vem, perante Vossa Excelência, interpor
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
com base no artigo 581, IV, do CPP, apresentando, desde já, suas razões recursais, alegando o seguinte.
1 – DOS FATOS
João foi denunciado criminalmente por, supostamente, ter causado a morte de Josefa, funcionária da OAB/SP. Segundo a denúncia, o acusado, em atividade típica de grupo de extermínio, após diversas discussões e ameaças à funcionária, a qual, segundo consta, não o teria tratado adequadamente, aguardou a saída dela de seu local de trabalho para outro prédio da OAB, quando deferiu disparos de arma de fogo que a levaram a óbito. Em sua defesa, o réu alegou que não se encontrava, no dia dos fatos, em São Paulo, bem como que uma simples discussão não seria motivo para um homicídio.
Ainda, testemunhas asseveraram que o teriam visto em outro local, na mesma hora do crime. A arma do crime também não foi encontrada. O réu foi pronunciado como incurso no art.121, §2.º, II, IV, CP, já que, pelo princípio “in dúbio pro societate”, deveria caber aos jurados a avaliação quanto à sua culpa ou inocência.
2 - DO DIREITO
2.1 – Despronúncia pela não aplicação do princípio do in dúbio pro societati
A Constituição Federal, no seu artigo 5°, inciso LVII, dispõe sobre a presunção de inocência.
Se testemunhas viram o réu em outro lugar que não o do homicídio, não existe certeza quanto à autoria, razão pela qual, deve-se acatar o princípio do “in dúbio pro reo”, ou seja, na dúvida, se decide em favor do réu.
O artigo 413 do CPP diz que se o juiz se convencer da prova da materialidade do fato,