1. Apresentação Dourados é a segunda maior cidade do Estado de Mato Grosso do Sul e, devido a sua localização geográfica privilegiada tornou-se centro de referência para outros 34 municípios que formam a região sul com uma população aproximada de 1 milhão de habitantes. Como na maioria do Brasil, o sistema de saúde em Dourados encontra-se um caos, com hospitais públicos sem estrutura e condições adequados de trabalho, leitos insuficientes para atender a demanda, atendimento limitado e um déficit milionário que dificultam o atendimento à população e favorecem os erros – sejam médicos ou administrativos - cada vez mais comuns. A cidade com 7 (sete) hospitais e cerca de aproximadamente 608 leitos é insuficiente para atender a média anual de internações hospitalares do município que chegam a 136.482 internações nas mais diversas áreas – segundo dados da SESAUP de 2007. Essa história da crise do modelo de atenção hospitalar brasileiro representa um momento único de oportunidades para o sistema “homecare” (assistência médica domiciliar), pois, além de permitir ofertar, em boa parte dos casos, uma solução viável à população põem em discussão alguns temas pertinentes ao uso de tecnologias e a métodos alternativos que permitam o aprimoramento do cuidado ofertado pelo sistema de saúde. O problema é que o sistema homecare apesar de apresentar vantagens para ambos os lados – paciente e hospital – é um sistema novo no Estado do Mato Grosso do Sul e a sua própria definição sofre várias interpretações. A maioria das pessoas possui uma interpretação limitada sobre o homecare caracterizando-o como um serviço de assistencialismo voltado exclusivamente à terceira idade. Além disso, a falta de conhecimento sobre o assunto induz a outras conclusões errôneas como, por exemplo, a suposição do homecare como um serviço “inacessível” à maioria das pessoas por deduzirem que se trata de um serviço extremamente caro e sem cobertura dos planos de saúde.