Modelo de Cluster - Franca SP
Pós-graduação em administração estratégica
CLUSTERS E REDES DE NEGÓCIOS
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São Paulo
(2013)
1. Introdução
Este trabalho tem como objetivo a análise do Cluster de Franca e da Rede de Negócios da Perdigão à luz do modelo de Zaccarelli et. al. (2008). Para tanto, deve-se procurar evidências empíricas, nas fontes de dados, sobre cada fundamento do modelo e analisá-las em função de seu impacto na competitividade do cluster e da rede.
2. Análise da competitividade do cluster de franca Em 1820 Franca já possuía 14 sapateiros, começava a nascer um dos mais respeitados parques calçadistas brasileiros. Mas foi apenas em meados de 1950, a partir da pecuária e da cafeicultura, que começou o aparecimento, direta e indiretamente, das primeiras fábricas de calçado em Franca.
Já em 1960 a cidade teve uma crescente e próspera industrialização, dirigida para a fabricação do calçado de couro, ainda hoje, a identidade da cidade. Na década de 1970, viveu-se o maior momento de euforia, quando o polo passou a participar do mercado externo.
Houve modernização das máquinas, mudanças no processo de produção, maior racionalização do trabalho, ganhos de produtividade e consideráveis melhorias na qualidade de nossos produtos. Assim, a fabricação de calçados passou a ser a principal fonte econômica do município, com 360 indústrias e 8.500 mil trabalhadores.
Através de um estudo realizado pelo SEBRAE em 2011 com 37 municípios que dedicam-se a “fabricação de calçados de couro”, Franca se classificou como a cidade que apresenta o maior grau de especialização regional, com um quociente de localização – QL, que é o instrumento que permite comparar a média de especialização econômica dos municípios em determinada atividade e identificar quais apresentam especialização econômica muito superior a média brasileira, e o resultado de Franca foi de 36,7 vezes superior a média