Modelagem
Imagine que você tenha sido convidado para ser a primeira pessoa a fazer um teste de velocidade num novo automóvel cuja carroceria, fosse feita de plástico e que tenha sido construído diretamente sem o desenvolvimento de protótipos e sem a simulação de resistência de seus componentes. Pergunta: Você toparia esse desafio?
Nova pergunta: se você ganhasse um apartamento no centésimo andar de num prédio de 120 andares construído numa região com histórico de abalos sísmicos, sem a utilização de plantas e sem modelos de simulação de comportamento da estrutura a terremotos, você moraria nesse edifício?
É quase certo que as suas respostas sejam negativas para as duas perguntas acima. Afinal, o risco de acidentes após a execução desses dois projetos é muito alto!
Na engenharia, situações como essas são quase inexistentes, uma vez que a solução direta (dar forma e colocá-lo imediatamente em operação) de um projeto complexo, como um prédio de 120 andares, na maior parte das vezes, é muito difícil ou impossível.
Conforme vimos na unidade anterior, no início de um projeto, o engenheiro define o problema a ser solucionado e estabelece modelos que lhe permitam entender melhor a realidade a ser superada. Assim, modelamos alguma coisa para ter um melhor entendimento do problema que estamos resolvendo, ou para ter um melhor entendimento do produto, processo ou sistema que estamos desenvolvendo.
Para projetar suas aeronaves e vendê-las às companhias aéreas ainda na fase de projeto, a EMBRAER faz uso do seu Centro de Realidade Virtual. Essa tecnologia de U$2 milhões permite à empresa fazer o aperfeiçoamento de metodologias de execução rápida de arranjos de peças e componentes em três dimensões, assim como a visualização em tamanho real das aeronaves, incluindo a estrutura de componentes e simulações de fabricação e montagem.
Assim como a EMBRAER, empresas de diferentes setores necessitam de modelos para a garantia do sucesso de seus projetos e,