Modelagem de negócios
Ricardo R. Gudwin
DCA-FEEC-UNICAMP
06/10/2011
Introdução
Desde sua proposição original, em (Jacobson et.al. 1999), o Processo Unificado sofreu diversas modificações e aperfeiçoamentos. Nessas modificações, algumas fases foram acrescentadas, outras foram modificadas e aperfeiçoadas para tornar o processo mais eficiente e menos ambíguo. Uma das modificações proposta neste ínterim foi a preconização de uma fase anterior ao ciclo de desenvolvimento envolvendo múltiplas iterações, que neste documento será chamada de préprojeto. Normalmente, as atividades desenvolvidas no pré-projeto são executadas uma única vez durante o ciclo de desenvolvimento de software, ao contrário das fases de especificação de requisitos. As atividades do pré-projeto envolvem normalmente a assim chamada “Modelagem do
Negócio”. Como na maioria das situações, o software sendo desenvolvido visa aumentar a produtividade ou melhorar a eficiência de um negócio ou empresa, presume-se que seria de alguma utilidade para o desenvolvimento do software conhecer em detalhes os aspectos do negócio da empresa. Essa presunção origina-se da interpretação de que os requisitos de um software devem expressar as necessidades reais do contratante, e não seus desejos. Muitas vezes o contratante de um desenvolvimento de software não tem claras suas reais necessidades, sendo que o puro atendimento de seus desejos poderia levar à construção de um software que não atendesse as reais necessidades do cliente, levando a seu descontentamento com o resultado. A lógica por trás de se levantar um modelo de negócios é tentar entender o negócio do cliente para propor uma ferramenta computacional capaz de dar suporte ao negócio do mesmo. Esse modelo pode ser bastante rudimentar, envolvendo normalmente a elaboração de um modelo conceitual de domínio do negócio, e algumas vezes uma elaboração dos processos de negócios envolvidos, organizados a partir dos casos de uso de