Modal ferrovias
Engenharia Civil
Os transportadores ferroviários não cansam de se queixar que a malha ferroviária brasileira, de 29 mil quilômetros, é muito pequena em relação a outros países de dimensão continental como Estados Unidos e Canadá, que, juntos, contabilizam mais de 154 mil quilômetros de ferrovias. Com essa quantidade reduzida de trilhos, é fundamental que o País estimule a prática do direito de passagem, que é a utilização, por um cliente ou concessionária, da malha de trilhos de outra concessionária. No início de outubro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou que está preparando nova regulamentação para essa atividade. E a definição dessas normas é amplamente defendida pelo setor. Para o presidente da concessionária ALL, Bernardo Hees, esse incentivo é muito bom para explorar o potencial de crescimento do mercado ferroviário. O líder da maior operadora logística com base ferroviária na América Latina afirma que sua empresa conta com muitos usuários habituais e o estímulo ao direito de passagem só irá beneficiar aos envolvidos. “Sempre apóio toda iniciativa que visa à utilização das ferrovias, isso é muito bem vindo. Planejamos investir R$ 700 milhões em 2009”. A meta, segundo ele, é crescer em bons e maus momentos, em referência à crise econômica que assola o mercado global.
As medidas que serão estabelecidas pela ANTT irão indicar como será calculada a remuneração da empresa que cederá seus trilhos para a composição de outra companhia. Esse tema, de acordo com o diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça, é “muito interessante porque demonstra que o sistema melhorou bastante”. Conforme a integração entre as concessionárias aumenta, explica Vilaça, as operações na malha brasileira ganham eficiência, em um claro sinal de que as relações estão crescendo e evoluindo. O diretor-executivo defende a regulamentação por parte da ANTT, avaliando