Moda Brasileira
MULHER NEGRA NA MODA BRASILEIRA
André da Costa R. Garcia
Andressa Soares da Silva
Amanda Baycsi Monaco Pedrão
Trabalho apresentado para disciplina de História da Moda Brasileira.
Orientador: Denise Braga Pollini
2013
Mulher negra na moda brasileira
É de conhecimento geral que o negro sofre grande discriminação social, mesmo em países que alegam serem livres de preconceito, como o Brasil. A mulher negra, em particular, é obrigada a lidar com o dobro de discriminação – tanto por raça quanto por gênero.
Isto fica muito evidente na questão do trabalho. Exercendo a mesma função, a mulher negra ganha menos do que o homem e a mulher branca – isto é, quando se quer consegue a vaga de emprego.
Esta desigualdade salarial e falta de oportunidades de emprego se refletem em todas as áreas, e a moda não se exclui. Porém, num setor que constantemente se utiliza de fontes de inspiração e referências africanas e, principalmente, num país como o Brasil, de maioria negra, a falta de profissionais atuando em todos os setores da área – de estilistas a modelos – é ainda mais revoltante. No trabalho, foi estudado o problema diretamente na raiz, o motivo que os negros têm uma enorme desvantagem na nossa sociedade e precisam ter sistemas de cotas para integração maior na sociedade. Em 1850, foi criada no Brasil uma lei chamada Lei de Terras, essa foi a primeira lei agrária do Brasil e tinha um motivo camuflado, que quase nunca é apresentado ao conhecimento do senso comum, e o motivo era o de impedir que negros tivessem terras propriamente deles. Por causa disso, por
“coincidência” a Lei de Terras foi aprovada no mesmo ano da lei Eusébio de
Queirós, que presumia o fim do tráfico negreiro e sinalizava que estava por perto a abolição da escravatura no Brasil. A terra se transformava a partir daí em uma mercadoria, só conseguiria ser propriedade de alguém se fosse recebida como herança ou comprada, logo por não ter dinheiro