Mobilidade Urbana
O espaço sempre se mostrou importante para a sociedade, talvez sendo mais claro, o uso do espaço sempre foi importante para dinâmica de reprodução social, se tornando ele determinante e determinado pelas relações sociais, as quais constituem uma estrutura espaço-temporal da realidade, onde o espaço é caracterizado por objetos geográficos em forma de arranjos direcionados por ações características de temporalidades diversas, conseqüência da matriz produtiva capitalista. O processo de reprodução capitalista, a partir de sua definição como processo de produção de riquezas, é determinante das relações gerais de reprodução social, características que se fizeram marcante para a produção social do espaço, dentre elas, podemos citar a relevância dada à constituição, grandiosidade e complexidade do espaço urbano, onde contemporaneamente, temos a metrópole capitalista como símbolo maior do referido processo sócioespacial, onde variáveis temporais e espaciais se conjugam na conformação do espaço, constituído por sistema de objetos e sistema de ações (SANTOS, 1996).
Dessa forma, pensamos ser a estruturação e uso do espaço urbano tendo como premissa principal, a dinâmica de acumulação do capital, ou seja, termos um resultado de fixos e fluxos (SANTOS, 1996) constituindo um espaço segregado, diferenciado e fragmentado do ponto de vista sócio-econômico, culminado com realidades extremamente desfavoráveis para a população de baixo poder aquisitivo, principalmente relacionada com as estratégias sócio-espaciais de reprodução social, onde ações de vários agentes se conjugam para a conformação da forma metropolitana urbana.
Nesses termos, buscamos explicitar certas relações sócio-espaciais que se configuraram para a realidade amazônica de forma geral, e para a realidade urbana de Belém, resultando na forma espacial urbana metropolitana, formada pelos aglomerados urbanos, que em um determinado momento do processo de estruturação urbana