Mobilidade urbana
Os transportes públicos coletivos das grandes cidades brasileiras vivem momentos de grande expectativa desde que foi lançado no final do ano passado o PAC da Mobilidade Urbana, um programa de investimentos destinados às cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.
Não poderia ser diferente. Depois de duas décadas praticamente ausente dos investimentos em infraestrutura urbana para os transportes coletivos por ônibus, modal que responde por mais de 90% das viagens realizadas em TPU, o Governo Federal reaparece em cena, motivado pelos grandes eventos esportivos, viabilizando financiamentos para as cidades investirem em sistema de ônibus.Dos 47 projetos previstos na primeira versão do PAC da Mobilidade Urbana, 34 se referem a obras de implantação de sistemas BRT (Bus Rapid Transit) e de corredores de ônibus.
Esse programa de investimentos, elaborado a quatro mãos entre o Governo Federal e os municípios participantes, pautou-se nos limites de prazo e de recursos disponíveis para selecionar os projetos viáveis que deverão ser concluídos e entrar em operação antes da Copa das Confederações em meados de 2013.
Para o modal ônibus, trata-se de uma excelente oportunidade de recuperar espaços perdidos ao longo dos últimos anos, quando o segmento perdeu produtividade e qualidade em função do aumento dos congestionamentos urbanos e da falta de prioridade aos transportes coletivos, que obrigam os ônibus a disputar o espaço viário com os automóveis, motos e outros veículos comerciais. Fica a expectativa de que esse PAC da Mobilidade Urbana não fique restrito às cidades-sedes da Copa do Mundo e possa dar lugar a um Plano Nacional de Mobilidade Urbana alcançando todas as grandes cidades brasileiras.
Se somarmos todas as capitais do país às demais cidades com mais de 500 mil habitantes, teremos um universo de 47 municípios que, com certeza, necessitam de urgentes investimentos em mobilidade urbana. Estaria ai um bom foco para o plano de