Mobilidade urbana - fichamento
A problemática da mobilidade urbana brasileira é uma herança histórica: no início do séc. XX carro era a grande metáfora do desenvolvimento. Por isso uma imensa gama de políticas públicas para influenciar e facilitar a produção e a compra de automóveis foi criada. Em 1930 Prestes Maia começa a redesenhar a malha urbana de São Paulo para tentar conter os congestionamentos, contrariado por Anhaia Mello que defendia que a solução para uma cidade como essa – que possuía na época 200 milhões de habitantes e cerca de 50 mil veículos – era o planejamento urbano e o controle do uso do solo.
Por conta da falta de controle do uso do solo, defendida por Anhaia Melo, os empregos estão concentrados na parte central da cidade, e a população mais pobre – que necessita de transporte público – se espalham pelas periferias. O movimento pendular dos trabalhadores causa os claustrofóbicos horários de pico que atrasam as viagens dos transportes públicos, superlotando-os e encarecendo-os, pois se os congestionamentos fossem eliminados a velocidade dos ônibus seria maior, o que diminuiria a frota e consequentemente a tarifa.
Para aliviar o transito é necessário que a classe alta, ou pelo menos a média sejam atraídas para o transporte público. Atualmente ele é usado basicamente como alternativa temporária para quem ainda não comprou um carro. Para que essa faixa da população passe a usar o ônibus no lugar dos transportes individuais, esses precisam ser confortáveis, seguros, acessíveis, pontuais, velozes e regulares.
Porém o investimento em transporte público de qualidade enfrenta uma enorme barreira. É muito comum ouvir-se dizer que o investimento mais democrático é o de vias para automóveis e o de transporte coletivo deveria ficar a cargo de empresas privadas.
Por conta do investimento errôneo apenas nas vias para carros, outro elemento que acaba sendo negligenciado é o pedestre. A pouca importância que se dá às