Mitos e verdades sobre exercícios físicos no frio
O cardiologista Nabil Ghorayeb desmente crenças e faz recomendações para esportistas que não abandonam a corrida mesmo com temperaturas baixas:
Desde os seus primórdios, a Medicina alerta para o fato de que o corpo sofre uma verdadeira "agressão" do meio ambiente com a chegada das estações mais frias. A maioria da população brasileira, habitante de um país tropical, tem baixa resistência às infecções comuns do clima frio.
O que devemos saber sobre corridas nessa situação climática? Há alguns mitos em que mesmo as pessoas esclarecidas ainda acreditam.
1- Correr gripado acelera a cura, pois o exercício físico e o suor facilitam a saída da virose do corpo: A ciência explica que, ao contrário dessa expectativa, o que temos é um maior risco de piorar o quadro clínico deste estado infeccioso viral com exercícios de qualquer intensidade. A recomendação para o caso de gripe é de repouso. Recentes pesquisas da Medicina e Cardiologia do Esporte detectaram um aumento das chamadas miocardites virais principalmente por falta de repouso, causando arritmias cardíacas.
2- A vitamina C ajuda a prevenir e a curar a gripe: A vitamina C não tem nenhuma influência na infecção ou no tratamento da gripe. Alguns médicos chegaram a recomendar altas doses dessa vitamina, e o que se ganhou foi um aumento das infecções urinárias nos pacientes. As superdoses vitamínicas vieram dos adeptos da Medicina Ortomolecular, que recentemente recebeu nova condenação do Conselho Federal de Medicina, reafirmando não validar a prática médica e proibindo qualquer cobrança pelos serviços dos médicos que insistem nela.
3- Consumir alho, cebola e chá de limão curam a gripe: Estes alimentos exercem pouca influência no aumento da imunidade de seus usuários.
No inverno, o esportista deve evitar temperaturas muito baixas, principalmente se elas forem inferiores a 15ºC. Fazer um longo aquecimento muscular, usar preferencialmente a respiração