Mitos, tempo dualístico, eternidade e essência humana
O mito nada mais é que a externação humana, a externação de seu desejo mais íntimo, o desejo de apoteose, da transcendência, não a transcendência exterior, mas a de si mesmo, o homem cria deus, por que o que ele mais quer é ser deus. Suas indagações sem fim, sua curiosidade sem limite, essa procura em busca do “imbuscável” confirmam isso.
Os nossos mitos, nossas concepções estão cheias de dualismo e isso reflete a nossa complexidade humana, o nosso próprio antagonismo. A nossa existência é regida pelo oposto: Morte/vida; luz/escuridão; bem/mal... Onde um não existe sem o outro, quando na verdade um deveria ser simplesmente a ausência do outro, em nosso mundo a escuridão não é apenas a ausência de luz é outro lado dela, assim com o bem de nada valeria sem o mal ou a alegria tão pouco teria valor sem a tristeza, é os dois lados da moeda, onde não saberíamos viver com um lado só.
A nossa eternidade deveria ser o aqui e o agora, não uma eternidade medida pelo tempo, não, mas algo muito maior, algo que não se pode medir, além, dessa barreira inútil que criamos para medir cada minúsculo pedacinho de nossas vidas; mas nos perdemos em meio as nossas próprias confusões e acabamos por construir uma eternidade no povir. Criamos outras vidas, sendo que sequer conseguimos dar conta dessa.
A vida nunca deveria ser medida por tempo, o que é o tempo além de uma barreira inútil?
A vida deveria ser medida por experiências....
Dai vem à importância dos mitos, entende-los em sua essência é entender a essência humana, essa essência imutável. Os tempos mudam, as pessoas os mitos também.
Mas a essência essa permanecerá a mesma para todo o