Mitos da Pedagogia
O homem é infinitamente perfectível, ou seja, pode se tornar qualquer coisa desde que receba a educação e as oportunidades adequadas? Penso que as discussões sobre a natureza humana foram balizadas ao longo dos séculos XVIII, XIX e XX muito mais por questões ideológicas e políticas do que por qualquer outra coisa e, no início do século XXI, isso não parece ter mudado muito. Normalmente os direitistas defendem que as pessoas não se tornam melhores por meio da educação e que, além disso, são egoístas, cruéis, violentas e degeneradas por natureza e os esquerdistas dizem que a perfectibilidade humana é quase infinita, que nossa mente é inteiramente maleável e que os homens são bons, pacíficos e mansos por natureza tornando-se perversos, invejosos e violentos por conta da sociedade, essa sim má. Temos também os mais moderados, os quais tentam uma dialética entre os dois diferentes pontos de vista. Qual das três visões é a correta? Pode ser que nunca saibamos, mas isso não significa que devamos aceitar uma delas sem discussão como ocorre com os pedagogos brasileiros.
O homem nasce bom, pacífico e manso e a sociedade e suas experiências o tornam mau ou ele possui inclinações naturais ao egoísmo, violência e perversidade? A mente humana seria uma espécie de lousa em branco na qual o contexto histórico e cultural escreve livremente ou seja, ela seria apenas o resultado do meio em que o indivíduo vive?
O homem é infinitamente perfectível, ou seja, pode se tornar qualquer coisa desde que receba a educação e as oportunidades adequadas? Penso que as discussões sobre a natureza humana foram balizadas ao longo dos séculos