Mitologia Grega: Adônis
Nas mitologias fenícia e grega era um jovem tido como modelo de beleza masculina e extremamente carismático, que também teve sua imagem estreitamente vinculada a mitos vegetais e agrícolas desde a antiguidade. Múltiplas lendas descrevem sua origem e uma delas diz que seu nascimento foi fruto de relações incestuosas entre Mirra e seu pai Théias, Rei da Síria, que enganado pela filha, com ela se deitou. Descoberta, para não ser morta pelo pai, pediu ajuda aos deuses, que a transformaram então na árvore que tem seu nome. Da casca dessa árvore ele nasceu. Maravilhada com a extraordinária beleza do menino, a deusa grega do amor e da beleza sensual, Afrodite (Vênus), e tomou-o sob sua proteção. Menino crescido ele e Afrodite se apaixonaram, mas a felicidade de ambos foi interrompida. Ares (Marte), o deus da guerra e amante de Afrodite, ao saber da traição da deusa, decide atacá-lo enviando um javali que lhe desferiu um golpe fatal. Afrodite, que corria por entre as silvas para socorrer o seu amante, feriu-se e o sangue que lhe escorria das feridas junto com o do amante transformou-se em rosas vermelhas. Outra versão da mito conta que Afrodite transmutou o sangue do amado numa anêmona. O jovem morto desceu então ao submundo, onde governava ao lado de Hades (Plutão) a esposa dele, a deusa Perséfone (Prosérpina), deusa dos infernos. Afrodite então instituiu uma celebração anual para lembrar sua trágica e prematura morte. Esses festivais anuais ocorria nas cidades gregas e egípcias, na Assíria, na Pérsia e em Chipre (a partir do século V a.C.) e durante os rituais fúnebres, as mulheres plantavam sementes de várias plantas floríferas em pequenos recipientes, chamados jardins de Adônis. Entre as flores mais relacionadas a esse culto estavam as rosas, tingidas de vermelho pelo sangue derramado por Afrodite ao tentar socorrer o amante, e as anêmonas, nascidas do sangue dele. Perséfone, compadecida pelo sofrimento de Afrodite, prometeu restituí-lo com