mitologia celta
Os celtas, segundo alguns estudiosos um conjunto de povos, para outros uma raça, estenderam-se por toda a Europa, contribuindo para a constituição de várias outras nações. O núcleo de sua localização foi provavelmente a Alemanha, mas os chamados continentais se disseminaram pela Hungria, Grécia e pela Ásia Menor. Eles nunca formaram um bloco homogêneo, e sim tribos rivais, que nem mesmo cultuavam as mesmas divindades, com exceção de poucas entidades comuns.
Os habitantes das ilhas espalhavam-se pela Grã-Bretanha e Irlanda. É geralmente a eles que a literatura se refere ao mencionar os celtas. Pertencentes à Idade do Ferro, formavam pequenas aldeias comandadas por chefes que também lideravam combates. Não há documentos escritos sobre os celtas continentais, mas seus deuses se tornaram conhecidos através dos romanos, que assimilaram muitos de seus deuses às divindades célticas.
Os povos do Reino Unido e da Irlanda legaram também à posteridade rico complexo mitológico, transformado em obra literária na era medieval. Costuma-se dividir a mitologia celta em três classes, segundo as crenças a elas associadas – a Goidélica, irlandesa e escocesa; a Britânica Insular, galesa e da Cornuália; e Britânica Continental, da Europa Continental.
Pouco se sabe sobre os deuses celtas, muitas vezes nem como eles eram realmente nomeados. Entre eles, os pesquisadores conhecem deusas que regem os fenômenos naturais, como Tailtiu e Macha; Epona, deusa relacionada aos cavalos; Goibiniu, o produtor de cerveja; Tan Hill, equivalente céltico da entidade ligada ao Fogo; Cernunnos, Slough Feg ou Cornífero, versão latinizada, é um dos mais antigos, mas dele se ignora a história. Há também formas diversificadas da mesma divindade, dependendo da região onde ela é venerada.
É crença comum que os celtas adoravam suas divindades apenas ao ar livre, mas comprovou-se recentemente,