Mito de Síssifo
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Formação do Pensamento AdministrativoO MITO DE SÍSIFO
Albert Camus escreveu em 1941 um ensaio filosófico utilizando como ilustração o mito de Sísifo.
Nesse mito Sísifo, Rei fundador da cidade que viria a ser chamada de Corinto futuramente, por duas vezes enganou o Deus da Morte (Tânato): na primeira o prendeu ao oferecer um falso colar para que este ficasse mais bonito e na segunda pediu um dia de volta ao mundo dos vivos para realizar o seu funeral, sendo que ele mesmo havia pedido que seu corpo não fosse enterrado já com esse intuito.
Os Deuses em resposta o buscaram novamente e lhe deram uma tarefa no Hades – mundo dos mortos. Ele teria que levar uma pedra de mármore para o alto de uma montanha, sendo que uma força irresistível sempre a fazia rolar até o começo para que ele repetisse essa tarefa pela eternidade.
Albert Camus revive esse mito fazendo um paralelo com a vida na sociedade moderna, onde o trabalhador realiza suas tarefas rotineiras e cansativas até que o expediente termine para começar tudo de novo no dia seguinte. Para ele é uma filosofia do absurdo o Homem buscar sentido em um mundo ininteligível, onde nos move a esperança do amanhã,ao mesmo tempo que o amanhã nos aproxima da morte.
Vejo isso no meu cotidiano de trabalho e quando interajo com outros trabalhadores. Isso explica o desgosto generalizado com o trabalho, bem como a ansiedade pelo final do expediente e pela sexta-feira.
Outra narrativa que faz crítica a esse modo de viver sem sentido é o fime de Charles Chaplin “Tempos Modernos”, onde um trabalhador se envolve em várias confusões após sofrer um colapso nervoso na rotina repetitiva de uma fábrica, sempre repetindo a mesma história.