Mito de Aquino

O MITO DE A Q U I N O Aqui Aquino, não existe preconceito.
Menino Aquino, se fosse menina, de certo a chamariamos de "Ina", senão... olha os conceitos!

Aqui Aquino, todo mundo é diferente, e nas suas diferenças todos somos iguais, ora, porque somos diferentes. Entendeu?

Aqui Aquino, não olhe pelos cantos dos olhos.
Pare já com isso Aquino! Não olhe!
Cumprimente. Conheça, Aquino!

Aquino você é diferente! Porque olhas assim tão desconfiado, então?
Aqui Aquino, estão te olhando de rabo de olho!
Ei Aquino, Ina, Aquina, Ino, você é diferente!

Cá dá Aquino, Lá dá, Ina te olha.
Esta cacofonia, que te incomoda.
Aquina ouvia pelos cantos dos olhos.

Também pudera, Aquino era menino de outro mundo.
Quantos mundos em mundo só Aquinoina?
Noinaqui, Naquinoa, Quinoana, Quinanoa... não cabem aqui.

Aqui não existe preconceito.
Aquino não olhe pelos cantos dos olhos!
Ora conheça, esclareça e não esqueça o som que te incomoda.
Ina te olha.

MORAL: vivemos em uma sociedade totalmente hipócrita, levantamos as bandeiras de nossas raças mestiças, e que AQUI não existe preconceito.
Aquino, é a representação de todo o povo, homens e mulheres, que se olham de rabo de olho, cochixando para ouvidos alheios sobre as diferenças de outrem, esquecendo-se de que, sem exceção, todos temos nossas particularidades que nos tornam únicos, portanto "diferentes". O múltiplo personagem do mito em forma de poesia, nos trás a percepção de que da mesmo forma que julgamos aos outros, os mesmos também nos julgam. A ambiguidade proposital nos faz refletir sobre "qual é a diferença que queremos ter em nós?", as hipócritas ou as que nos fazem cidadãos capazes de aceitar as particuridades do próximo e aprender com isso. A cacofonia martela e incomoda a mente do leitor "Cá dá, lá dá, Ina te olha". Se jugar ao seu "semelhante", por sua vez será julgado também. Finalmente, o mito nos leva ao ensinamento de que devemos buscar a sabedoria do esclarecimento antes dos nossos