mito da justica na grecia
Para podermos analisar os mitos da justiça na Grécia e Roma antiga, preliminarmente, precisamos entender um pouco do ponto de vista histórico da sociedade grega em seu inicio. Neste contexto, a comunidade grega arcaica era uma sociedade agrícola e pastoril, em fase anterior a criação das cidades (Polis) e a adoção do alfabeto, assim nesta sociedade, todo o conhecimento era transmitido através da oratória, assim os mitos tornam-se importantes na transmissão do conhecimento e dos valores coletivos da sociedade grega. Nesta sociedade os “AEDOS” eram os guadiões da memória coletiva, portanto, também preservavam os “DIKAI”, formulas não escritas que regiam tradicionalmente a vida publica e social. Além da figura dos “AEDOS”, outra figura proeminente da sociedade grega arcaica eram os “BASILÊIS” que correspondem a figura dos reis ou senhores feudais gregos, pois detinham as terras, o poderio militar e as riquezas, assim assumiam o papel de juízes. Neste período histórico, o conceito de justiça era estreitamente ligado a religião, portanto, a manutenção da ordem era buscado pelo “BASILÊIS”, com intuito de evitar os castigos divinos , tais como pragas, secas, pestes, esterilidade de rebanhos, penúria e fome. Assim a atitude justa era muito mais que cumprir com as Leis e códigos convencionados pela sociedade, pois a efetividade da justiça não refletia apenas na esfera cívica, mas também no âmbito religioso. No Panteão grego, Zeus, senhor dos deuses, encarnava a própria justiça e legitimava a autoridade dos “BASILÊIS” ou seja, a justiça , baseada no uso correto da palavra, o “BASILÊIS” colaboravam com a manutenção da ordem cósmica, o que assegurava sua comunidade e a continuidade de seu posto, pois se agissem de forma injusta, os deuses estavam observando e o castigariam. Tendo em vista este pensamento, surgiram os mitos.
MITO DA DEUSA DA JUSTIÇA No mito da Sabedoria e da Justiça, personificados na deusa grega