Mito da Caverna
A alegoria do Mito da Caverna, de Platão, é um dos mais conhecidos diálogos do filósofo. Também é um dos textos que são mais abrangentes: dentro do mito, é possível ver diversos temas embutidos, criar diversas interpretações e muitos ensinamentos.
Dentro da caverna há mais do que somente alguns homens aprisionados. Há a humanidade inteira. Platão teve a sensibilidade (ou genialidade) de perceber, 2.400 anos atrás, que a maior parte da sociedade está acorrentada, sem ter acesso a verdade dos fatos e da vida. A grande maioria passa a vida inteira vivendo de ilusões. E por trás, fazendo as sombras, há os manipuladores. No decorrer do tempo, essa figura foi se alterando, mas nunca deixando de estar ligada aos políticos. Atualmente, pode-se relacionar também com a mídia mas ela é apenas uma das figuras que passa na frente do fogo e não a única.
Mundo das sensível e mundo das ideias
É impossível pensar no Mito da Caverna e não associar aos conceitos de Platão de mundo sensível e mundo das ideias. Ainda que no Mito eles não sejam abordados de modo direto, todos os estudos e trabalhos que são da mesma temática que este, abordam tais assuntos, pois são dos mais importantes para compreender amplamente o pensamento platônico.
Platão acreditava que o mundo real não é o mundo onde as coisas existem de verdade. Ele cria que a verdade do mundo estava no mundo das ideias. Lá todas as coisas são realmente, lá elas tem sua essência. Aqui, vive-se no mundo das sombras (ou sensível), onde tudo é mero espelho daquilo que existe na perfeição.
No mundo sensível só há imperfeição pois tudo é mutável. Não há verdade naquilo que não é o real, tocável ou acessível diretamente. Aqui, onde tudo é defeituoso, é o lugar que dá margem para as crenças, que são um meio muito eficaz de autoenganação.
Em seu trabalho de mestrado, a autora Ana Lucia Lazarini escreve algo que ajuda a tornar ainda mais claro o que está sendo discutido:
O ser humano é