Mito cariri
Mito Cariri
Os índios Cariri diziam provir de um “lago encantado”.
O mito das águas tinha uma importância fundamental no sistema de crenças dos
Cariri. A Deusa-Mãe, o espírito cósmico fecundante, adquiriu, na cosmogonia Cariri, a simbologia da água representada pela Mãe d’Água
Os colonizadores, na sua gana predatória de domínio tentaram eliminar as nações tapuia, em todos os sertões do Nordeste, através da catequização. A resistência ficou historicamente conhecido como a Guerra dos Bárbaros ou Confederação dos Cariri.
Os remanescentes das tribos Cariri guardaram codificados a evocação da “lagoa encantada”. Para eles todo o vale do Cariri era um mar subterrâneo. Debaixo da terra dormia a Serpente d’Água, cujo imenso caudal era represado pela “Pedra da Batateiras”,
Os pajés Cariri profetizavam que a “Pedra da Batateiras” iria rolar, todo o vale do Cariri seria inundado e as águas, em fúria, devorariam os homens maus que tinham roubado a terra e escravizado os índios. Quando as águas baixassem, a terra voltaria a ser fértil e livre e os Cariri voltariam para repovoar o “Paraíso”.
Estudo do mito do Cariri
Esse último mito foi criada em um momento de crise para dar à lenda foros de verdade e manter a coesão do grupo.
O impacto da conquista européia sobre as populações nativas das Américas foi imenso e não existem números precisos sobre a população existente à época da chegada dos europeus, apenas estimativas. As referentes à população indígena do território brasileiro em 1500 variam entre 1 e 10 milhões de habitantes.
Um mito é uma narrativa de caráter simbólico, relacionada a uma dada cultura.
O mito procura explicar a realidade, os fenômenos naturais, as origens do
Mundo e do Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis.
O termo "mito" é, por vezes, utilizado de forma pejorativa para se referir às crenças comuns (consideradas sem fundamento objetivo ou científico, e vistas apenas como