Missoes
1.1 – O que é o pragmatismo
Pragmatismo é caracterizado principalmente por defender que a verdade deve ter como critério sua eficácia ou utilidade. Um conhecimento é verdadeiro não só quando explica alguma coisa ou um fato, mas sobretudo quando permite retirar conseqüências práticas e aplicáveis.
William James (1842-1910) foi um dos principais representantes dessa corrente filosófica, e em uma série de oito conferências proferidas entre 1906 e 1907 ele caracteriza o que é o pragmatismo e algumas aplicações dessa teoria.
O termo deriva da mesma palavra grega prágma, que significa ação, do qual vêm as nossas palavras “prática” e “prático”. Em filosofia foi introduzida pela primeira vez por Charles Peirce, em 1878. Porém, não há nada de novo no método pragmático. Vários filósofos utilizaram-no de forma fragmentária preludindo o que viria a se tornar o pragmatismo, como Sócrates, Aristóteles, Locke, Berkley, Hume, Hodgson, entre outros.
Mas foi só no século XIX que ele se generalizou.
O pragmatismo representa o empirismo, uma corrente muito conhecida em filosofia, mas o representa de uma maneira radical, não contraditória como já foi assumida alguma vez. Afasta-se da abstração e da insuficiência, das soluções verbais, das más razões a priori, dos princípios firmados, dos sistemas fechados, com pretensões ao absoluto e às origens. Volta-se para o concreto e o adequado, para os fatos, a ação e o poder.
Em sua segunda conferência intitulada “O que significa pragmatismo”, ele começa com um exemplo de uma discussão ocorrida alguns anos antes da conferência.
“O corpus da disputa era um esquilo – um esquilo vivo que se supunha estar agarrado a um lado de uma árvore; enquanto do outro lado, oposto da árvore, imaginava-se estar um ser humano. Essa testemunha humana tenta ver o esquilo movendo-se rapidamente em
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torno da árvore, mas, não importa quão rápida se mova, o esquilo se movimenta também rapidamente na direção oposta, e