Missa do galo resumo
Pela lógica da própria narrativa sempre haverá uma transformação no enunciado de estado: ou com o sujeito que esteja em conjunção com um objeto, ou com o sujeito que esteja em disjunção com um objeto. Nesse caso, duas personagens se encontram em situações similares de disjunção: Conceição com o objeto amor, e o Sr. Nogueira com o objeto missa do galo:
“Havendo ajustado com um vizinho irmos à missa do galo (...)”
Conceição, no que se refira ao processo conjuntivo/ disjuntivo, haveria sofrido de fato uma privação, não só do objeto "amor", mas também do objeto "respeito", o que dá margens para um comentário crítico do narrador a seu respeito: “Boa Conceição! Chamavam-lhe a ‘a santa’”.
Entretanto, a partir segunda parte do conto, mais precisamente onde se inicia, do ponto de vista estrutural da narrativa, o conflito, começamos a perceber a transformação dos sujeitos que estão em disjunção dos seus respectivos objetos. Ainda pela lógica, o sujeito responsável pela privação de Nogueira seria o tempo, porque o tempo não passa para que Nogueira possa entrar em posse do objeto “missa”:
“ – Ainda não foi? Perguntou ela. – Não fui; parece que ainda não é meia-noite.”
Dois aspectos fundamentais; a narração em primeira pessoa e o narrador-personagem. As personagens agem naturalmente, porém o narrador alterna a relação distanciamento/presença; ele reconstitui os fatos