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O mesmo óleo que frita as batatas, nuggets e tortinhas do McDonald's vai movimentar os veículos que levam os alimentos às unidades da rede de fast-food em São Paulo. A Arcos Dourados, que controla a rede americana de lanchonetes na América Latina desde 2007, e sua operadora logística Martin-Brower passaram os últimos 18 meses desenvolvendo e testando um projeto para reutilizar o óleo de fritura no transporte e permitir a economia de combustíveis.
O projeto-piloto abrange dez unidades em São Paulo, abastecidas pelo centro de distribuição em Osasco (SP), responsável por 70% dos insumos. Os parceiros são a Volkswagen e as fabricantes de motores Cummins e MWM International, que produziram quatro veículos com 20% de biodiesel e um veículo capaz de rodar apenas com o combustível sustentável.
Após um ano de testes, percebemos que os caminhões com 20% de biodiesel consumiram apenas 5% mais do que os alimentados por diesel comum, afirma Celso Cruz, diretor da cadeia de suprimentos da Arcos Dourados. Ficou dentro do esperado porque, embora o biocombustível tenha menor poder calórico, por ser mais barato que o diesel, ainda traz recompensa econômica.
O processo de transformação do óleo em biodiesel acontece em uma usina em Sumaré, no interior de São Paulo. Com o projeto-piloto aprovado, a empresa estuda, no momento, a ampliação da iniciativa.
Está sendo avaliado quantas das 620 lojas da rede poderão adotar a prática e se ela será expandida para o Nordeste, onde existe um centro de distribuição no Recife. No futuro, o McDonald's pretende substituir, com biocombustível, dois milhões do total de cinco milhões de litros anuais de diesel consumidos pelos caminhões da Martin-Brower.
Embaré
A empresa mineira de laticínios Embaré resolveu gerar a sua própria energia. E fez isso por meio do tratamento de suas sobras industriais. Desde 2008, a estação de tratamento localizada no município de Lagoa da Prata, a 200 quilômetros de Belo Horizonte,