Miopia em mkt
Nova York). Já em "1933 os supermercados floresciam na Califórnia, Ohio e Pensilvânia. As antigas cadeias de mercearias, porém, arrogantemente os ignoravam. Quando decidiram tomar conhecimento deles, fizeram-no com expressões de escárnio, tais como "mixaria",
"coisas do tempo do onça", "vendinhas do interior" e "oportunistas sem ética".
O diretor de uma das grandes cadeias declarou em certa ocasião, que achava "difícil acreditar que as pessoas percorram quilôme tros em seus automóveis para comprar gêneros alimentícios, sacrificando o serviço pessoal que as cadeias aperfeiçoaram e aos quais a Sra. Consumidora estava acostumada".2 Em 1936, os participantes da
Convenção Nacional de Atacadistas de Secos e Molhados e a Associação de Mercêeiros de Nova Jersey ainda afirmavam que nada havia a temer. Disseram então que o apelo mesquinho dos supermercados ao comprador interessado no preço limitava a expansão do seu mercado. Eles tinham de ir procurar seus fregueses num raio de vários quilômetros em torno de suas lojas.
Quando aparecessem os imitadores, haveri a liquidações por atacado, à medida que caísse o movimento. O grande volume de vendas dos supermercados era atribuído em parte à novidade que representavam. Ba sicamente, o povo queria mercearias localizadas a pequenas distâncias. Se as lojas do bairro "cooperassem com seus fornecedores, prestassem atenção às despesas e melhorassem o serviço", teriam sido capazes de agüentar a concorrência até que ela desaparecesse.
Não desapareceu nunca. As cadeias descobriram que para sobreviver tinham de entrar no negócio de supermercados. Isso significa a destruição em massa de seus enormes investimentos em pontos de esquina e dos sistemas adotados de distribuição e comercialização. As empresas com a "coragem de suas convicções" mantiveram resolutamente a filosofia da mercearia da esquina. Ficaram com seu orgulho, mas perderam a camisa.