Minimizar Stress
Editado pela OGBL e pela Liga luxemburguesa de higiene mental com o apoio do Ministério da saúde
Textos: Chantal De Mesmaeker
Ilustrações: Patrick Sadzot
Disposição: Lucien Hilger
Impressão: Polyprint, Esch/Alzette
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1. Stress: um fenómeno de massas?
Hoje em dia, o stress anda na boca de toda a gente. E ninguém escapa: empresários, funcionários, desempregados, pais ou estudantes. Muitos lidam com o stress como um mal exterior, que está à mercê, e não reconhecem nenhuma culpa por terem stress. O trabalho, o chefe, os vizinhos stressam e, portanto, têm de mudar.
O stress é muitas vezes utilizado como pretexto para justificar porque é que não fizemos isto ou aquilo, porque motivo não temos tempo para os outros, para não ouvirmos os outros ou até mesmo por sermos duros, desatentos, irritantes ou agressivos para com os outros. «Estou stressado(a)». Deste modo, já não é preciso esforçarmo-nos mais e os outros devem compreender.
O stress é também já um símbolo de estatuto social. Quem tem stress é importante.
Quem tem muito stress é muito importante. Quem não tem stress é já quase suspeito. A agenda tem de estar sempre preenchida. Quando um amigo telefona e pergunta se seria possível irem comer juntos, ele deve primeiro ouvir quais são os compromissos importantes que você tem para as duas semanas seguintes, antes de você talvez conseguir arranjar tempo livre para o seu amigo.
Num estudo1 realizado a pedido da OGBL e da Ligue luxembourgeoise d´Hygiène Mentale, os inquiridos queixaram-se muito mais de stress no local de trabalho do que na vida privada e um quarto dos trabalhadores no Luxemburgo classificam o stress no local de trabalho como elevado ou muito elevado.
A forma como cada um interpreta o stress varia muito. Todavia, geralmente considera-se que quem está permanentemente sob stress corre o risco de ficar doente. Esta brochura pretende esclarecer o que é o stress, de onde vem, como influenciamos o stress através dos nossos pensamentos, quais