Minhas primeiras experiencias no estógio
Entrei na escola aos sete anos, numa turma de alfabetização. Mocinha era o apelido de minha professora, só apelido porque estava mais pra bruxa do que pra “mocinha”, pois era do tipo que gostava de acabar com as fantasias das crianças. Recordo como tudo começou, eu estava muito feliz esperando chegar o dia do inicio das aulas, pois a maioria das minhas amigas já estava estudando. Minha mãe demorou um pouco mais para me colocar, porque não tinha dinheiro para comprar meu uniforme que era obrigatório na escola. Quando finalmente comprou, eu fiquei muito animada, pois achava aquela roupa linda. A saia azul e a blusa branca eram tudo que faltava para eu começar a estudar. O resto do material minha vó havia me presenteado, uma linda pasta verde um lápis, borracha, cartilha e um caderno.
Chegou o grande dia, acordei cedo e fui à primeira da turma a chegar, junto com minha mãe, a professora dissera que era muito cedo e que não havia necessidades de chegar naquele horário. Mamãe respondeu que era ansiedade de criança, mas que nos próximos dias chegaria na hora certa. Logo no primeiro dia, mocinha começou uma implicância comigo, chamou-me atenção varias vezes, mostrando-me a palmatória com tom de ameaças como quem fala tome cuidado! Porque essa madeira é pesada.
No dia seguinte voltei com a mesma empolgação, e ali começava minhas frustrações, pois a professora me separou das outras crianças me colocando no cantinho da parede no banco sem apoio para eu me escorar. Aquele passou a ser o meu lugar durante todo o semestre. Durante algumas atividades eu podia levantar, mas se não decorasse a lição além de ser a última a saí de sala ainda ficava sem recreio no dia seguinte.
Na roda de matemática (decoreba da tabuada), eu sempre apanhava nas mãos, pois ela ia perguntando e passando a vez, quem acertava tinha o direito de castigar o que havia errado, e como eu estava sempre errando ficava com as mãos doloridas de tanto que