Minha Parte
Pragmático, ousado e ao mesmo tempo cauteloso. Determinado, empreendedor e visionário. Competidor, humanista, idealista e pluralista. Conservador na política e liberal na economia. Seu empreendedorismo levou à constituição de um dos maiores impérios de comunicação do planeta e o fez figurar diversas vezes entre os homens mais ricos do mundo.
De acordo com o material que foi estudado conseguimos identificar pelo menos três características do estilo brasileiro de administrar:
Concentração de Poder:
Em maio de 1921, aos 26 anos de idade, Roberto Marinho assumiu o cargo de diretor – redator – chefe de “O Globo”. Atuou como diretor e Presidente até seis de Agosto de 2003 (data em que faleceu).
Em 1998, Roberto Marinho e os filhos – João Roberto, Roberto Irineu e José Roberto Marinho – deixaram suas funções executivas nas empresas e formaram o Conselho de Gestão das Organizações Globo, voltado para questões estratégicas do grupo.
Desta forma, percebe-se que a concentração de poder do Grupo O Globo estava atrelada ao âmbito familiar, onde Roberto Marinho era o Presidente e os filhos ocupavam cargos de chefia e todas as tomadas de decisões, planejamentos de expansão e conteúdos publicados partiam dessa gerência.
Personalismo:
Em 1944, com a inauguração da Rádio Globo, Roberto Marinho começou a formar o conglomerado de veículos de comunicação, mais tarde chamado de Organizações Globo.
Em uma época em que não havia a liberdade de imprensa, Roberto Marinho percebeu que “o jogo político era fundamental para manter a sobrevivência do jornal” e com isso aproximou-se inicialmente do regime de Getúlio Vargas, inaugurando um convívio com todos os presidentes da República pelos anos seguintes que o transformaria no grande interlocutor dos principais políticos brasileiros do século XX.
E como resultado dessas relações, ele pôde expandir ainda mais seu conglomerado durante o regime autoritário com a inauguração da TV