Minha parte

Dom Pedro II foi representado, desde muito jovem, como futuro imperador. Em obra de Félix Émile Taunay, de 1837, com 12 anos, já aparece como mandante das Forças Armadas, com farda militar de gala, como tinham sido representados anteriormente seu pai e seu avô. Dom João foi retratado pouquíssimas vezes com uniforme completo de gala. Já Dom Pedro I compôs sua imagem como militar, o que, forçosamente, pedia essa caracterização mais constantemente do jovem Dom Pedro II. O ainda não emancipado Pedro simbolizava mais o passado que o futuro . A pintura de Taunay mostra um menino sério, com fardado , com a condecoração da Ordem do Cruzeiro, criada em 1822 por seu pai, e o Tosão de Ouro, com a mesma fita vermelha usada anteriormente por Dom João VI e por Dom Pedro I. Atrás dele, o trono vermelho, com o símbolo de Pedro II (PII) encimado pelo dragão que simboliza a dinastia dos Bragança. A única diferença marcante podemos dizer está no rosto do menino não traz semelhança com os rostos dos Bragança. Lembrando muito sua mãe, Dona Leopoldina. As representações de dois anos depois, na ocasião de sua coroação, são um pouco diferentes. A grande maioria das pinturas e gravuras representam um jovem de aproximadamente 18 anos, mais alto e encorpado do que realmente era. Reforçando a idéia de um imperador serio responsável e competente a pesar da pouca idade. A coroação então o mostra em trajes de gala. Vários dos símbolos permanecem os mesmos como por exemplos o cetro, manto, o mantel de plumas de tucano e a coroa uma alegoria do poder e da conquista. Não chegava aos pés de coroas como a inglesa ou a francesa, mas era mais ostensiva, maior e mais larga. Diferentemente do pai, Dom Pedro II é representado hora usando a coroa na cabeça, hora deixando-a repousada em uma almofada, como o avô. Isso é interessante, porque, do ponto de vista cultural, o sebastianismo uma crença portuguesa de que o desaparecido rei Sebastião faria de Portugal o reino de Cristo na terra fazendo