Minha História A Fase Negra
Wilson Oliveira e Leda Maria
A vida é cheia de mistérios vis que se transformam em armas letais
Com perspicácia igual d`uma perdiz,
Fugindo célere dos ancestrais.
A nossa vida é repleta de extremos
Que raramente o homem os observa
É o visível que às vezes não vemos
È a armadilha que ela nos reserva.
Estes meus versos, humildes, sinceros
Foi um legado que a vida me deu
De imediato parecem severos,
Mas são verdades! – foi o que aconteceu.
C`olhos vendados entre as armadilhas
Levando tombos repetidamente,
Mas o destino mostrou-me as trilhas,
Por onde passo mesmo ainda doente.
Entre os abusos por mim cometidos,
Sem dar ouvidos a quem merecia...
Adormecido perdia os sentidos,
Levando tombos, nem sempre sentia.
Tornei vilão de velório entre os meus
Dor em minh`alma é que prevalecia
Choro, tristeza e apelos a Deus,
Eram constantes no meu dia-a-dia.
Presenciei situações tementes
Entre os internos – era lá que”stava
Loucuras mil, então sem precedentes,
Arrependido às vezes chorava.
Na estrada triste da vida viajei
Só EU sabia “quanto o sofrimento”
As “coisa boas” que prá traz deixei
Também sofriam, naquele momento.
Fiz o impossível prá retornar vivo
Sempre temente a tornar-me um louco
Meu coração batia sempre ativo.
E a reação chegava pouco-a-pouco.
Meu corpo magro até refletia
A imagem fúnebre de um esquife andante
Até eu mesmo achei que parecia
Porém não era o “X” preocupante.
Na pequenez do meu ego enganado
Tornei-me um frágil objeto, sozinho,
Numa prisão sem fim, enclausurado,
Não entendia qual o meu caminho
Repugnante e crescente chacina
Era esperada a todo o momento
Choro, gemidos viraram rotina
Sem dar espaço prá arrependimento.
Violadores dos nossos direitos
Chegando ali não era ser humano
Avaliados só pelos defeitos
Sempre indefesos do que é soberano.
Sem alcançar uma mão protetora
Que propusesse uma força sequer
Sempre